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Governo do RS suspende abertura de propostas e revisará edital para concessão do zoológico de Sapucaia do Sul

28/05/2019 Fonte: G1 RS

O governo do Rio Grande do Sul anunciou nesta segunda-feira (27) a suspensão da abertura das propostas para a concessão do Parque Zoológico de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, que estava previsto para terça-feira (28).

Além disso, também informou que irá rever o conteúdo do edital, lançado em 8 de abril, para definir a empresa que irá explorar o parque por 30 anos. O novo edital ainda não tem data para ser lançado.

Conforme informações da Secretaria de Planejamento, o cenário do mercado apontava para a possibilidade de não haver interessados no chamamento. Os envelopes não serão abertos, portanto não há como confirmar se houve de fato alguma empresa inscrita no edital. Por isso, a decisão foi pela revisão.

"Queremos assegurar a atratividade do zoológico, esclarecendo todos os pontos que possam não estar sendo plenamente compreendidos pelos potenciais interessados", informa o titular da Secretaria Extraordinária de Parcerias, Bruno Vanuzzi. A pasta de Governança e Gestão Estratégica e a que cuida da Infraestrutura e Meio Ambiente também participarão da revisão do chamamento.

O edital foi elaborado pela consultoria KPMG/Manesco/Planos, cujo contrato foi firmado no governo anterior.

"Não questionamos a qualidade do estudo do consórcio. Acreditamos que o zoológico é um objeto mais complexo de ser concedido se comparado com rodovias, por exemplo. Por esse motivo, a revisão dos itens se faz necessária", afirmou o secretário da SGGE, Claudio Gastal, salientando que a parceria é estratégica e fundamental para o estado.

 

Como será a concessão

 

O edital que estava previsto até então determinava um investimento de R$ 59 milhões no zoológico, por 30 anos. Ainda conforme o edital, 70% das obras deveriam estar prontas nos primeiros três anos de outorga.

A empresa vencedora teria a obrigação de realizar uma modernização completa do parque, desde a reconstrução dos ambientes para permitir maior proximidade dos usuários com os animais e o bem-estar de todo o plantel, que deverá ser ampliado e ter novas espécies.

Além disso, de acordo com o governo, o empreendedor privado teria a função de oferecer novas alternativas de lazer aos visitantes, como trenzinho, fazendinha, safári, aquário e arvorismo. Não estava permitida a construção de shopping, edifícios residenciais ou hotéis.

"O zoo tem área de 150 hectares. Isso permite a um futuro parceiro buscar outros negócios nesse espaço e talvez seja importante esclarecermos quais atividades são ambientalmente licenciáveis, pois se trata de um atrativo a ser melhor trabalhado", conclui o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Artur Lemos.

O Parque Zoológico do RS era mantido pela Fundação Zoobotânica, que foi extinta pelo governo no ano passado. Com isso, as atividades, que também incluíam a manutenção do Jardim Botânico e do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, foram repassados para a Secretaria de Meio Ambiente, reformulada no atual governo como Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente.

O governo diz que gasta mais de R$ 8 milhões para manter o parque e recebe, entre bilheteria e estacionamento, menos de R$ 3 milhões. Com isso, o déficit anual fica em torno de R$ 5 milhões.


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