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Estudo internacional aponta queda em ciências, leitura e matemática no RS

08/12/2016 Fonte: G1/RS

Os dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) divulgados nesta terça-feira (6) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) colocou o Rio Grande do Sul na 6ª, 7ª e 9ª colocação nacional, nas avaliações feitas nas áreas de ciências, matemática e leitura, respectivamente.

Estudantes de 15 a 16 anos, matriculados a partir da 7ª série, em 35 países participaram do exame. No Brasil, 23.141 jovens de 841 escolas participaram da avaliação em todas as unidades da federação.

  • Na avaliação de ciências, a pontuação alcançada no Rio Grande do Sul foi de 411, deixando o estado na sexta colocação nacional. Essa foi a melhor posição do estado em comparação com outras unidades da federação, acima, inclusive da média nacional, de até 405 pontos. Em 2012, os gaúchos tinham obtido pontuação de 419.

Neste quesito foram avaliados os conhecimentos sobre procedimentos e práticas de investigação científica, além do conhecimento de conceitos e teorias. O pior desempenho no Brasil o foi registrado em Alagoas, onde a média foi de 360 pontos, enquanto que a melhor pontuação foi verificada no Espírito Santo, onde os estudantes tiveram média de 435.

A nota obtida pelos estudantes gaúchos aponta, conforme o estudo, que os alunos “conseguem recorrer a conhecimento cotidiano e a conhecimento procedimental básico para identificar uma explicação científica adequada, interpretar dados e identificar a questão abordada em um projeto experimental simples."

"São capazes de usar conhecimento científico básico ou cotidiano para identificar uma conclusão válida a partir de um conjunto simples de dados. Esses estudantes demonstram ter conhecimento epistemológico básico ao conseguir identificar questões que podem ser investigadas cientificamente”, conforme define o estudo, que apontou o nível 2 entre um total de oito diferentes classificações.

Os estudantes gaúchos alcançaram a 7ª posição na avaliação de matemática, no ranking brasileiro, com pontuação de 385, em um universo onde o Paraná teve a maior média, com 406, e Alagoas a pior, com 339. A pontuação dos estudantes gaúchos em 2012 tinha sido de 407 pontos.

A média brasileira variou entre 371 e 383. Os dados paranaenses, no entanto, não atingiram a taxa de respostas exigida, “prejudicando, assim, uma análise fidedigna”, conforme explica o estudo.

A avaliação matemática do estudo buscou avaliar a capacidade de formulação, emprego e interpretação em diferentes contextos. A pontuação obtida pelos alunos colocou o Rio Grande do Sul no nível 1 (de um total de 7) que apontou que os estudantes gaúchos são capazes de responder questões definidas com clareza, envolvendo contextos conhecidos, e nos quais todas informações relevantes estão presentes.

“Conseguem identificar informações e executar procedimentos rotineiros de acordo com instruções diretas em situações claras. São capazes de executar ações óbvias e de acompanhar de forma imediata os estímulos dados”, define o levantamento.

A leitura foi o quesito no qual o Rio Grande do Sul teve o pior desempenho em comparação com outras unidades da federação. A pontuação obtida pelos estudantes gaúchos foi de 410, ainda acima da média brasileira (407) , mas figurando na 9ª posição no ranking nacional. Em 2012, a pontuação gaúcha tinha sido de 433.

O Espírito Santo teve o melhor desempenho nacional, com 441 pontos, enquanto que Alagoas ficou na última posição, com 362.

A avaliação do letramento em leitura levou em conta a capacidade de compreensão e utilização de textos, bem como a capacidade de provocar reflexão e envolvimento, como instrumento de de participação social.

A pontuação colocou o Rio Grande do Sul no nível dois, de um total de oito, que avalia capacidade de localizar um ou mais fragmentos de informação que podem satisfazer diversas condições.,"o entendimento de relações ou a construção de significado dentro de uma parte específica do texto, quando a informação não é proeminente e o leitor deve fazer inferências de nível baixo. "Tarefas neste nível podem envolver comparação ou contraste com base em uma característica única do texto", mostra o levantamento.

"Tarefas típicas de reflexão neste nível exigem que os leitores façam uma comparação ou diversas correlações entre o texto e o conhecimento externo, elaborando sobre sua experiência e atitudes pessoais”, conforme define a classificação apontada pelo estudo.


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