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Produtores recebem sementes para produção de cebolas orgânicas no Sul do RS

24/07/2017 Fonte: G1/RS

Cultura que se destaca em, pelo menos, quatro municípios do Sul do Rio Grande do Sul, a cebola vem perdendo força no mercado. O preço de venda, que despencou neste ano, tem desanimado os produtores. O valor do quilo caiu de R$3 para R$0,60.

Na tentativa de recuperar o ânimo nas lavouras, um projeto que fornece certificação orgância aos agricultores foi retomado. Lançado em 2015, o Programa de Aquisição de Alimentos e Sementes é uma parceria da Emater com prefeituras e órgãos ligados à agricultura.

Somente neste ano, mais de 600 produtores de Rio Grande, São José do Norte, Tavares e Mostardas receberam 500 quilos de sementes orgânicas. As sementes foram cultivadas por pequenos produtores de Candiota, Hulha Negra, Pinheiro Machado e Pedras Altas.

"O contexto da produção orgânica se refere a uma série de cuidados com o meio ambiente, com os animais e com as culturas. Não se refere somente ao não uso de agrotóxicos. É uma série de ações que visam ao controle e doenças, de algum problema com produtos, que não afetem o meio ambiente, né?", explica o chefe da Emater de Rio Grande, Rogério Silveira.

Só em Rio Grande, 115 produtores foram selecionados. Entre eles, Alvair, que se dedica à plantação há décadas. Ele recebeu um quilo da semente, já plantou e, agora, aguarda a colheita, que será em novembro.

Para garantir o selo orgânico nas produções, o agricultor precisa usar menos veneno e, consequentemente, intensificar o trabalho manual. Ele acaba tendo que reduzir a produção para dar conta da manutenção da lavoura. Mesmo assim, Alvair decidiu apostar no desafio. Para ele, a procura pelos orgânicos está cada vez maior, e o investimento pode funcionar como um diferencial.

"Todo mundo geralmente procura as mais bonitas, as mais graúdas. Quer dizer o que? Que mais química tem. Quanto mais natural é, mais feio. Mas se tu comer, tu provar, tu vê a diferença no sabor", garante Alvair.

A plantação é praticamente a mesma. O que muda é a consciência do agricultor. Com a semente orgânica de cebola, ele produz um alimento livre de agrotóxicos. A certificação representa um diferencial e um incentivo adicional aos produtores da região, que detêm 50% da cebolicultura gaúcha.

"O uso de produtos orgânicos, além de ser uma tendência, não só brasileira, mas principalmente européia, é muito importante, né? Porque assegura uma alimentação saudável. Tanto para quem consome, quanto para quem produz. E também preserva os recursos naturais, o meio ambiente e é bom para todo mundo", defende o chefe da Emater de Rio Grande.


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